terça-feira, 29 de junho de 2010

Palmares sem mar, livrai-nos de todos os mares.


Papel por todos os lados
-papéis molhados-
.
Era o borrão,
feito de suor e caneta.
Eram correções,
turvas opiniões.
A enchente,
o rio que a tinta faz no papel
- papéis molhados –
.
É lama que entra pela janela
e corrói a terra dos poetas.
Onde se perdem casas,
se perde o juízo,
e que dói os olhos
ao ver a mancha que se expande
-papéis molhados –
.
É o facão na mão,
que esconde o pai de família,
que corta a cana
e deveria também a nuvem.
Essa água que arrasa o trem do futuro
e trilha minhas idéias por não sei onde.